segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Verdade Segundo a Wikipedia

Uma das aplicações de maior êxito da era Web 2.0 é a Wikipédia, a maior enciclopédia colectiva online.
As pessoas que procuram informação na Internet utilizam-na cada vez mais. Esta enciclopédia online assegura conter todo o conhecimento humano. Os seus artigos dependem dos milhões de utilizadores que os criam e, por isso, a Wikipédia tem também muitos críticos, incluindo um dos seus fundadores, que estão preocupados pelo grande controlo da informação que está a ter na sociedade. Têm razão? A Wikipédia está a reduzir a credibilidade da informação? O regresso do critério dos especialistas parece necessário e estão a surgir outros projectos na rede que apostam pela investigação. Serão estes os primeiros passos de uma contra-revolução?

Entrevistado pelo History Channel, um colaborador do site afirmou:  
"As pessoas têm uma dedicação enorme, são muito idealistas, estamos a construir um recurso gratuito e aberto, um recurso de acesso livre. Há milhares de pessoas envolvidas diariamente, há centenas e centenas de entradas por segundo na Wikipédia em inglês, é uma enciclopédia online de acesso livre em que qualquer pessoa pode editar uma página ou acrescentar novas entradas. Já existem mais de 250 idiomas, por isso é multilingue, é amplamente internacional e abrangente. A Wikipédia inglesa sozinha tem mais de 2000000 de entradas."
Curiosidade: no decorrer da mesma entrevista tornei-me conhecedor de algo surpreendente. Sabiam que quando alguém coloca algo errado na Wikipédia inglesa o artigo demora em média 1 minuto e 7 segundos a ser corrigido?

Mas, como escrevi anteriormente, há quem discorde com esta revolução nos paradigmas do que é ou deve ser considerado “verdade”. Andrew Keen, autor de “o culto do amadorismo”, é um feroz crítico a esta suposta “ferramenta da democracia, de maior igualdade e liberdade”, palavras do co-fundador da Wikipédia, Jimmy Wales. Há aqueles que defendem que esta personalização dos meios de comunicação, a personalização da cultura, a fragmentação da sociedade no indivíduo particular e a individualização de quase tudo irá resultar em menos democracia, menos igualdade e menos liberdade.

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